quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Minha versão dentro do castelo

Estou sentada no meu sombrio castelo
Ele é tão fúnebre quanto o que sinto
As velas derretem e acabam a todo momento
O combustível da minha esperança sessou
As paredes de pedra se equiparam a uma caverna
Tudo isso me dava medo antes de eu acostumar
Minha respiração é tão forte que escuto cada suspiro
Meu castelo é de pedra
E se parece com uma caverna de medo
Monstros vivem nele
Mas não me perturbam
Viraram minha companhia em caso da falta de um amor
A água que costumo beber
são minhas gotas de lágrimas
A comida são os pedaços de sentimentos
Tem gosto de sangue amargo e bolhas de sabão
Gostaria que meu amor me resgatasse como num conto de fadas
Mas estou condenada a viver nesse lugar o resto da vida
Tem até uma ponte , mas abaixo tem os amigos jacarés
Queria que meu doce castelo fosse de areia
É tão sombrio, tão solitário
A sinfonia da minha vida é regida somente por mim
Os músicos se foram
Minha única companheira é a tristeza
O arrependimento
Queria nascer de novo e fazer meu castelo novamente
Mas a vida é assim
Criei um amor tão sólido que me acostumei com  o amor
Não o vivi intensamente
E acabou. Vi apenas meu castelinho de areia na palma da minha mão