sábado, 7 de abril de 2012

Descrente.




No lugar da sua foto
Seu rosto dormia no meu leito
Agora ponho uma rosa negra
Na cama de casal que durmo
Como é bom ouvir do próprio amado
A batida de uma despedida
Liberei o perdão
Dos meus olhos brotaram as lágrimas
De uma simples conformação
Não sei escrever mais bonito
Sua beleza se foi
Seus olhos não me pertencem
O amor esquivou-se
Meu coração está frágil
Como o brilho das estrelas
Não vejo mais o reflexo nas minhas xícaras
Não o vejo mais no espelho me fitando
Mas na medida que cai a noite
Eu tranco meu coração
Coloco a chave num cofre
Em dias como estes
O amor não deveria acabar entre os mortais
Infelizmente só temos uma vida
Apenas anos pra acertar no amor
Corrigir defeitos
Perdoar pessoas ou talvez encarcerar sentimentos
Não possuo segredos
Eles que agora me possuem
Em passos curtos procuro o que me apraz
Estou segurando meus sonhos
Relembrando momentos
Abrindo meu diário
Afogando peixes
Sentindo a água de um chuveiro cair como uma queda de chuva
Creio que nascemos vestidos para o sucesso
Mas nossas ambições nos levam a nadar demasiado
Entardeceu
A folhas caem
Eu sorrio sinceramente
Coisa rara
Estou livre
Meus gritos surdos foram respondidos
Minha angústia se finda
Sonhos virão
Parece amanhecer bons momentos
Meu céu não é mais abstrato
É cinza ainda
Todavia pretendo torná-lo azul
Jogar tudo para o passado
Perdi muito tempo.
Pretendo ser feliz
O seu amor?
Até as estátuas pareciam chorar comigo
Continua na memória
E agora é apenas lembrança
Símbolo perdido
Só pretendo tê-lo em vagas lembranças.
Foram aves migratórias
O mesmo erro cometi
Roubar um amor que não foi meu
Devolvo hoje um coração que jamais me pertenceu
Sabe aquele título em inglês?
O guada-chuva azul
Foi essa nossa primeira saída juntos
Num dia chuvoso
Me protegendo da chuva
Nascia o amor e a dor
Uma amizade descrente
Familiar do meu amor
Morreu?
Sim.Aliás jamais existiu
Caí no jogo de interesses
Flertes.
Finda-se aqui.
É com lágrima nos olhos
Jamais voltarei a amar
Dedico a um ser especial
A minha doce
E última poesia.
Um ex pupilo.



Lição de vida:

Jamais lute pelo amor não correspondido.Você será capaz de tudo por ele.Mas por certo afastará cada vez mais essa pessoa.Foi um momento triste que me ensinou um pouquinho os mistérios incompreensíveis do ser humano.O que é amar afinal?Não sabemos.A única coisa é certa ele só é bom quando nasce da reciprocidade.Não se afunde nisso.É uma das piores dores da vida.Ame-se. Seja feliz e posteriormente busque algo e assine um contrato com o amor.Esse é o meu último post relacionado a amor.Mudarei o estilo e espero que agrade tanto como estes.E como diria a cantora Adele.Só podemos escrever algo realmente profundo numa decepção ou num amor genuíno.Pretendo por sinal deixar o nome dele em anonimato.
E assim revelo o porque do nome do blog. Guarda chuva azul.Foi assim que conheci Pupilo.Num dia chuvoso em que a marca principal era o empréstimo de um guarda chuva azul masculino.
PS: Tenho o objeto até hoje.

Reticências

Deixei rosas brancas na escada
Desenhei corações na areia
Coisas lindas se foram da minha estrada
Quero que ao invés de lágrimas
Apenas a chuva molhe as flores do meu jardim
Coisas como quebrar meu coração
Você o rasgou como um papel
Será que alguém estancaria o sangue
Que jorra das minhas feridas?
Alguém me daria um ombro para chorar?
Será que ainda existe uma pessoa capaz de desenrolar
O filme da minha vida?
Sim, fui abandonada na igreja que existe dentro mim
Jamais esquecerei de você
Por mais que eu queira.
Não apagarei sua face dos meus sonhos
Não te direi adeus jamais
Prometo ser feliz
Mas será difícil
A caixinha está enterrada
O porta retrato quebrado
Mas você está costurado nos meus olhos
Nos meus pensamentos
Tudo o que fiz
Foi revelar o que eu sentia
Estou na torre mais alta
Da cidade
Crendo que um dia você vai passar
E me chamar.

Adeus definitivo.

Seríamos mesmo felizes?
Ah!Dúvida cruel
O que o futuro nos reserva?
A religião nos separou
Seu orgulho me matou
As lágrimas mancharam meus livros
O suor gelado abafou meu coração
Por que existem crenças?
Por que ando tão melancólica?
Você nunca me amou
Hoje digo um adeus definitivo
As lágrimas estão dizendo adeus
O amor está esganado
Dia de enterro
Mas como?
Ainda não encontrei pedaços de coração em suas gavetas
Será o que Deus nos reservou?
Ou seriam apenas minhas escolhas?
Não. Deus é meu amigo e pai antes de tudo
Tudo morreu
Meu sono tem sido mais tranquilo
Pesadelos se foram
Você é um livro que eu ainda não terminei de escrever
Eu talvez ainda nem comecei
Não seria meu best seller?
Romances de mais um amor comum que não se findou
Amor que você arruinou
Um simples recado seco, Pupilo?
Jamais me amou
Siga sua vida.
Não espere me ver nunca mais.
Sim, você sabe
Pupilo?
De onde eu tirei isso?
Ah sim.
De um livro bucólico
Onde amor viveu eternamente
A racionalidade me arruinou
Violinos imaginários surtam
As baterias?
Lembra?
Não dedicou nenhuma a mim
Morra com teu orgulho
Afunde-se com seus diplomas
Morra de amor
E não seja correspondido
Eu acho que nunca ao menos amei