sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Uma poesia mal escrita a um grande amor

Não. Nada daquilo, não compreendo
Apenas remendo corações abalados
Murmuro por pegadas que nem sequer foram seladas
Palavras de conforto não mudam nada
Nada que a distância chore junto com o tão desolado casal
Nada que a primeira pessoa faça pra conquistar um grande amor
Tudo: transeuntes, monólogos.
Vontade suicida.
Nada muda o eco dentro de seres tão perversos
Nada que um dicionário esdrúxulo de sinônimos possa descrever
Ela chora de acordo com a vida
Tem uma metáfora sem sentido a cada lágrima e a cada passo
Mora do lado escuro de todos os corações
Nada que música defina
Os livros ainda continuam mentindo
O coração não pediu sofrimento
Pede apenas lágrimas ácidas com sabor de melancolia
Removida de cacos e lama
Uma menina e seja lá o que chamam
A escória tem direito a uma segunda chance
São versos soltos sem sentido que definem
Os meninos e meninas pedem amor
Nada que o mundo tenha
Aliás, o mundo não tem lugar para ninguém
Metáforas, versos, poemas , poesias
Seja lá o que for
Nada define
Os nadas comuns
Uma pequena vida
Pequenos poetas mortos que não conseguem continuar
Todos querem um amor recheado de clichês
Uma poesia mal escrita a um grande amor