domingo, 6 de maio de 2012

Expresso pretérito


Dou apenas sete passos retrógrados
Estou num mundo chamado pretérito
Aquela saudade de cantar junto
Sorriso lascivo que me conduz ao amor
E mais cinco passos retrógrados
Vejo amor, pessoas 
e mais momentos passados
Voltar aos momentos
Máquina do tempo não funciona totalmente
A vontade divina ou saudade de um homem?
Os pianos pedem minha volta
As rochas choram e pedem
Passos confusos
As ondas parecem bater a nossa canção nas pedras
Marcados de lágrimas e areia movediça
Volúpia de pensamentos
Saudades de vãs filosofias
Do meu orador
De comprimentos vindo dos menos letrados
A nostalgia parece gritar meu nome
Não seria eu a menos letrada?
A faísca de um sorriso roubado?
A energia de um beijo assaltado?
Em qual praia tu andas?
Em qual delas deixou as pegadas?
Em qual árvore talhou meu nome?
Em qual sonho ou pesadelo eu estou?
Baquetas querem afundar meus sonhos.
E eu apenas morro de saudade 
Morrendo
Morrendo
E tentando dar passos em direção ao passado.
Lutar pela vida
E quem sabe pedir a algum narrador que conte 
Minha história
Depois de passos ao passado
Dou três ao futuro
Mesmo assim continuo na saudade presente.
De um amor latente
Que me mata a cada instante