sábado, 12 de maio de 2012

Esfinge de vidro

Coração de vidro
Costurado com pétalas de rosa
Pedaços de cristal
Banhado por alguns lágrimas
Colocado numa redoma de vidro escuro
A lua de sangue está avante
No horizonte , todas as estrelas caem do céu
Percebo que tenho trincheiras no coração
Sangue nos dedos
E o algo mais enigmático do que a esfinge
Tem um fantasma saindo do banho e me olhando
Não sei o que caberia em frases desconexas
Apenas quero beber e beber
Mais avante, portanto, vejo que o sol é saltitante
Não chore, meu monstrinho
Apenas quero patinar nas alvas nuvens
Perguntas fatais
Bêbados eloquentes
Nada, nada me convence
Constituir versos com sinônimos não é nada
Prudente
Farei,então um retrato falado de um jardim de carne
Humana
Todos guardam um cadáver na trincheira
De um coração medonho
Músculo e amargurado
Poderia ser conto
Conto-poético
Morre,aliena e fascina
Jardim de ossos, alto falantes de ouro
Gostaria de um tesouro?
Qual é o seu lado da moeda?
Lado oculto e sombrio do amor
Esfinge?Apenas decifrei
Olhos de vidro e uma porção de decepção.
Está apenas na vitrine da boca