domingo, 22 de abril de 2012

Retalhos de verão

Recolha suas roupas do varal
Pegue os papéis que escrevi nossos nomes
Arranque do seu quintal a árvore que talhei meu nome
Me abrace , me olhe apenas de soslaio
Pegarei minha banheira a transformarei em carro
Acompanharei teus passos
Suas pegadas no vento
Seu sorriso poderia vir a tempo
De melhorar meus dias
Mate minha saudade do seus olhos
Encare a liberdade que te dei
Não o forcei a nada
Olha no meu coração os rasgos costurados
Veja minhas tatuagens de lágrimas
Olhos marejados
Não deixa que eu faça de conta que não existiu
Dê corda no som da caixa de jóias
Fico em silêncio ouvindo as batidas do seu coração
Amor que parece seguir em plena contra mão
Tento arrancar o meu reflexo do espelho
Esperando conselhos até de músicas
A felicidade me encontrou
A liberdade afogou a paixão
Amor singelo e singular vou te doando a cada manhã
Fugindo com o vestido de noiva que eu haveria de usar
Só sobrando retalhos sujos de dor
Dei passos largos ao futuro
Engano, pode-se amar a sós
Em um peneira passei os dedos
Os espantalhos sorriram novamente
Conto os dias que poderei observar o seu rosto
O melhor sorriso já foi ensaiado
As roupas escolhidas e submersas em saudade
Colhi as frutas do meu pomar
Num breve espaço de me acalmar
Fito tuas fotos novamente
Choro de alegria por amar de verdade
Deixar-te seguir preceitos
Que até hoje não procurei estudá-los.
Seguindo pegadas e rastros de amizade
Chuvas de outono
O lindo dia se aproxima
Você me fascina
Mesmo na distância
Andei sonhando com os seus beijos
Abraços
São bons mesmo que eu durma com ursos de pelúcia
Na janela os topos das árvores são mais viçosos
Apenas escrevi versos simples
E o fim se resume a um
Eu amarei para sempre.
Luzes
Apenas a luz da varanda que resolvi arrancar.
Um lindo coração lapidado fiz para meu cordão
Meu peito?
Só andam saindo versos de amor das veias
Da cerne, das lembranças