sábado, 18 de agosto de 2012

Somente amor

Procuro por palavras na escuridão do silêncio
Em busca da caça, do perfeito combinar de palavras
Graças ao senso de humor oblíquo da vida
As rimas não são mais feitas de amor com dor
Podem vir cor, rumor e seja lá o que for
Novelas que mentiram ao mundo
Que mintam constantemente
Ah! Não se explica .
Um grande amor
As gavetas parecem bagunçadas
Enfim, escondo cartas e simulações de versos
Poderiam ter sido destinados ao meu grande amor
Eu o possuo em meus braços
Um beijo sôfrego, ardiloso
Sou embalada, aninhada mesmo que em sonhos
Meus sorrisos não são somente sombras
Não são plágios de romance futurístico ou histórico
A roupa que cobre a minha nudez
É um violão afogado de melodias suntuosas
Música, palavras, atos, frases curtos
O ronronar dos gatos
Os dedos nervosos que parecem tamborilar de modo incessante
O anjo que não sabe gritar
Só me ensina a amar
Mudar rumos, pensamentos e palavras que antes eram vazias e vagas
Uma sinfonia
Um local perfeito
Aninhada no peito másculo
O tempo pode parar
Esse é o melhor clichê de romance verídico
Peçamos, portanto, que o tempo pare.