sábado, 22 de setembro de 2012

Apenas queria ser amor.

Tempo, tarde, vento
Seriam apenas sentimentos
Se eu não fosse a gota destilada das carnes tão pálidas e plácidas
Seria revigorante
Seria amor
Seriam quaisquer pensamentos
Seria paixão
Seria tudo
Seria o perfume destilado da pele tão plácida
Simplesmente seria amor
A sombra que destila as derrotas triunfaria
Gostaria de ser a gota derramada de olhos sublimes
Ser-me-ia muito
Não pretendo ser o fogo que povoa corações sem sentimentos
Não, não nada além de tempo, vento e fogo.
Simplesmente seria amor
Será que o tempo apagou os áridos terrenos regados com lágrimas?
Tu colherias a única begônia de teu jardim e dar-me-ia a por nos meus cabelos?
Comporia canções fazendo alusões aos meus olhos e beijos sôfregos?
Deveras?
Seriam canções sortidas derramadas como lágrimas espessas?
Seria o desafio do pulsar de um coração árido?
Seria tudo
Seria quais pensamentos?
Seria simplesmente amor?
Seria a tarde dos poetas modestos e porventura desvalidos?
Cálidos como o vento que apaga das minhas memórias tardes de amor?
Seria o arrepio das luzes solares a evaporarem tão doces sentimentos?
Seria simplesmente amor?
Não pretendo ser a espada de dois gumes a cortar tuas carnes.
Não queria amar.
Apenas queria ser amor.
Apenas aquela rosa tímida de teus jardins
Invejara o amor do sol com a lua.
Eu sou queria ser a essência de amor.