terça-feira, 3 de julho de 2012

Realidade

E aqueles que eu achei que me amavam
Tiraram as máscaras e o verbo se tornou lúcido
Os adjetivos se afogaram na praia
O mundo morreu pra eles e pra mim
Nada foi assim
Foi sumindo
Dando as costas pro horizonte
Aquilo que eu pensava que era ódio se tornou proteção
Aquilo que parecia acorde
Virou canção e vou matutando no deserto alheio
Aquele baque!Deveras sofrimento
Aquela imagem preto e branca distorcida com sabor de veneno
Aqueles amigos que tanto desprezei
Peço perdão agora e vou caminhando
As cortinas da dor se rasgaram
As portas da aflição se fecharam
Não sou poetisa
Mas minha vida toma um rumo tão doce
Com sabor de poema
Não. Isso mesmo. Sem dilema
Meus escritos, peço as letras que desafoguem corações sofridos
Os momentos são lindos
E findos
O dia amanheceu não sorriu nem cedeu
Mas agora estou viva novamente