quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

A volta do véu.

Se pergunte a marca de uma mulher
Já imaginou o simbolismo?
Sim, isso mesmo
Os cabelos.
Alisa, penteia, pinta
Tudo isso não é pra se sentir bonita
e sim atrair um alguém
Claro que cada se cada amor que eu não tive
eu tirasse o cabelo...
Mas o pupilo foi o maior
o mais intenso
O homem da minha vida
Foi assassinado dentro de mim
E junto com ele foi o meu véu
Foi um pedaço de coração
Meu véu, meu cabelo...
Cortei pela raiz
Pra ver se junto com o Amor Morto
ele escondia o rosto do pupilo
O maior simbolo de feminilidade do meio que eu estava
Rebeldia, curiosidade seja lá o que for
Não me arrependo
Apenas desapego
Desemparo
Sensação de liberdade por pelo menos 365 dias
Estória de Sansão e Dalila às avessas
Completamente, estou mais forte
Mas segura de mim
Posso ser um pássaro na muda
Olho no espelho e converso comigo
Penetro as vielas do meu ser
e me conheço
Pontos fortes e fracos
Apaguei a vela do meu castiçal
Resolvi quebrar o espelho onde meu amor se prendia
Manchei uma parte de mim
O tempo, tempo, tempo
Meu amor agora é o tempo
Aprendi que antes de amar
Não devo me declarar
É bem melhor uma doce ilusão não desvendada
Do que um sofrimento extremamente profundo
Posso casar, namorar e ter filhos de aquém
Mas minha mais profunda fábula vou ser enterrada com ela
Fábula?O nome do meu amor significa fábula
Literalmente.
E foi isso na minha vida.
Minhas estradas não tem buracos e sim abismos
Os ventos já não sopram
São tornados
Eu prometo se não tiver um alguém
Não lutarei mais pelo amor
Ele vai morrer que nem o pupilo morre.
Serei um robô
Viverei pra ver a felicidade de outros humanos
Escreverei memórias póstumas
Serei a rainha do meu solo árido
Amor, amores, desamores e desalentos
Paz, ternura quero transmitir isso
e não mais o ódio
Vou amadurecer e apodrecer
Sim, não rego mais suas sementes de amor
Minha vida agora é como música
Sem o som da bateria dele.
Coloque sua fantasia
Se finja de humano
Role no chão
Venha me perseguir
com o seu nome
Suas atitudes inúteis de aliviar a minha dor
Oh doce amor
Por que criou trincheiras dentro de mim?
Vou entrar no meu disco voador
e voltar pro meu planeta
Comer minhas uvas podres
Meu chocolate vencido
Apodrecer no seu sorriso
Digerir seus espinhos
Enterrar minhas dores
e quem sabe um dia por o meu véu novamente
O luto pode durar
Eu vou matar meu amor dentro de mim
Virar um rochedo
Construir minha casa na árvore
Estou ainda derrubando o castelinho de areia
Com o rádio ligado
Viajo até marte
Enfiar a cabeça na privada e tentar me afogar
A minha vida prossegue com som de bateria
o seu som que se marcou em mim
Choro com baterias
Minha boca inerte e pálida apodrecendo
Sou sua dor
Sou a sua paixão
O tiro que vai atingir a sua face
Veneno que vai te matar
Oh doce amor
Por que você nunca me correspondeu?
Quero mudar de coração
Arrancar meus olhos pra não vê-lo
 Quero um momento bom
Estou repleta de fantasias
Minha máscara está caindo
Se enterre ao meu lado quando morrer
Me iluda com suas mentiras
e não com a verdade
Diga que me ama
Pronuncie meu nome
me abrace forte
Algo mais que você
simplesmente acho que não mais amo
estou obcecada por pupilos
Minha banheira está com gafanhotos
Só queria poder observar os passos do meu amor
De longe eu olho
De longe o vejo ser feliz
Eu tentei te esquecer
Não aguento
Estou gritando, me torturando pelo seu amor
Me maltratando por uma simples profecia da irmandade
Por favor.
Só peço que esse amor morra logo
Que ele se vá
Serei o resto da vida grata
Não estou edificando minhas emoções
Com tudo dessa vida
Sou forte o suficiente
Será que está na hora de partir?
Moribunda, aflita e atordoada
Meu amor
Não se esquece de mim
Antes de morrer só queria
Passar um dia ao seu lado
como se fosse eterno
Seja a cura pra a minha dor
Deixe-me fazê-lo feliz
Darei tudo por você
Toque sua bateria
E dedique apenas uma batida pra mim.