domingo, 26 de agosto de 2012

Exumação do orgulho

Entra no relógio, entra na minha vida
Sem ao menos pedir
Suja meus olhos de lágrimas
Muda os meus ponteiros biológicos
Pisa na reconstrução daquilo que foi um coração
Faz chorar qualquer musa aspirante a qualquer coisa
E os transeuntes da sociedade?
Não.
Amor.
Ferve e acaba com dias
Beijos
Corpos sôfregos
Sem ao menos pedir permissão
A bomba e a política
O cadáver dança
Os pseudo intelectuais forjam a poesia como lixo
Os pseudo intelectuais odeiam a escória
Por acaso pedi opinião dos best sellers?
Não.
São como médicos desvalidos
Não. Não coma balas
Coma apenas verduras.
Nada é inútil.
Odeiam a si próprios.
Amores dilacerados
Vil consumo de dias
Não.
Não chegarei ao clímax.
Apenas ao clímax do deserto
A vida não é nada mais do que a exumação do orgulho.