terça-feira, 10 de abril de 2012

Amor imperativo

Cabeça sem rosto
Noiva sem véu
Cidade sem prédios
Caos sem tortura
Medicina sem pacientes
Amor sem carícias
Veneno imortal
Cálice sem vinho
Macaco sem banana
Ser humano sem ganância
O quer seria plena utopia
Alô, quem escreve?
Ou quem fala?
Uma sonhadora
Estória sem frase
Caipira sem sotaque
Queria tanto um mundo assim
Flerte sem troca de olhares
Mudanças.
Quem sou eu que não menciona sentimentos?
Um poste
Uma névoa esvoaçante
Roda sem ser inventada
Mortífera encantada
Morte sem dor
Caixão sem cadáver
Mão sem o dedo polegar
E passado sem dor.
Vermes , por favor saiam de meus sonhos
Minhocas podres não comeis minhas carnes
Amar, amor, ame, acorde não me insulte
Quais são seus ímpetos imperativos?
Quais amores e de hierarquias atingem?
Morra,chore e reclame
Passado foi apenas sem nexo
Lágrimas sem olhos
Olhos sem dor
Morrer apenas
Só se fosse de amor.
Olhos vermelhos
Coração sem batida
Sou apenas uma pessoa
Inerte sem sentimentos
A jovem menina se foi
O amor?
Tenta ser imperativo mas se foi.