quinta-feira, 30 de maio de 2013

Reticências do progresso

Os transeuntes mundanos que perdoem-me
Os pseudo sociais pediram passagem
Um presságio da vida mal serviu de experiência
Além da conta e além do túmulo as vozes não perdem a entonação
Os doutores são filhos diretos da própria loucura
A insanidade humana pede passagem
Jovens que não saem de dentro de si
O contexto histórico parece ter senso de humor

O mundo?
Não chama-se mais mundo
Dentro de uma bolha caminha o ser humano
A individualidade e a crítica sem alicerces
Confundiram os poetas

A política tem mais fome que os poetas
Os jovens tem gritos eufóricos
Monólogos aturdidos nas redes sociais
Critica-se o mundo
E esqueceram de levantar da cadeira

Onde estão os intelectuais e estudantes?
Deveras preocupados com o que hão de comer
A vida não parece ser o personagem principal
Sabem os poetas?
Estão sendo enterrados nas próprias poesias vazias.

Qual é o mortal que faz-me críticas?
És algo?
Afunda-te na tua lama mais que imunda
Chafurdem no abismo da própria loucura
Peçam perdão aos clichês por terem utilizado

Peça perdão ao senso comum
Por ele ser tão humano e brasileiro.
Sabe? Reticências do progresso.