sexta-feira, 4 de maio de 2012

Tintas de esperança


Tem sonhos que sou rejeitada
Outros me bate como se eu fosse escrava
Não me tire dos pensamentos
Não ignore meu sorriso
Anjos parecem querer cercear meu andar
A cada vez que fito meu amor em sonhos
Costuro lágrimas verdes no coração
Retalhos de sonhos que constroem meu presente
Peço que a magia daqueles flertes
Se apresentem
Olhinhos fugazes
Deixam meu dia melhor
A saudade urge com sino
Tenho apenas um sorriso tímido
Costurado na face
E forçado pela natureza
Tudo parece como se estivesse agasalhado
Seria tudo tão perfeito
Me ensine o caminho de espinhos
Andar por eles
Ver seus olhos cravados nas paredes
Coração que parece estar preso num cofre
Neste momento eu toco bateria
Na piscina cercada por pétalas de begônias
Junto com o amor
Não gostaria de rimar com dor
Como diriam poetas frágeis
Queria rimas ricas ao declarar o que sinto
Não há chance
Pare! De cultivar o cinto de castidade.
Estás somente procurando dádivas
Quando tens uma tão perto
E tão distante
Nem meus gestos
Não ensaio mais nada
Espontaneidade
Cansei de ter amores dissimulados
Poderia ter dado um começo ao amor
Se esquivou tanto dos meus passos
Que eu sumi
Pretendo apenas prosseguir
Procurar algo que rime melhor
Mordidas em lábios
Que vazem algumas gotas de sangue
Vou apenas te desafiar
A fazer de mim
Uma pupila
Serei ...
Mesmo que em silêncio.
Em bolhas de sabão
Dissipam minha imaginação
Em versos
Em canções
Estou em buscas das rimas perfeitas
Apenas palavras como fragmentos de tinta
Saem de um sonho tão incomum
Lágrimas desenham nomes inevitáveis na areia
Quero lágrimas de tinta
Sentimentos de lágrimas doces
Um romance água com açúcar
E foi bem assim
Que eu perdi você.