quarta-feira, 13 de junho de 2012

Peripécias na lama.


As flores brutas do meu jardim
A Filosofia dos versos dos poemas
Das poesias
De tudo que não escrevi
Que não expressei
Não amei
Não sei em qual categoria se encaixa
Do platonismo até os amores retrógrados
O que faço com reflexos mentirosos de xícaras?
E os monólogos, os ensaios, as peripécias?
Os ensaios de dor e de palavras
E os anos 80?
E das vicissitudes ?
O termo a priori, onde dobrá-lo-ei ?
Do culto ao coloquial?
Não. Colocar termos
Vou brincando de palavras apenas
Pequenas, e pouco ativas
Não serei eu .
Metalinguagem de verbos,
Nada, nada que se resuma
A palavra humana
E provocar personagens
Escrever a biografia dos  monólogos
Dos meus "eus"
Biografia dos personagens
Do erudito a meras falhas de termos cultos?
Onde estás?
E o tempo que parou de conversar comigo?
O amor que lancei em meio a inquisição
Das crases que penso que sei
E apenas não as coloco
Pode ser estilo próprio
Nada que um erudito leia
Mas creio que alguém
Algum ou algo
Colocará lógica nos meus conceitos
Ah mera recordação
Momentos frívolos, inóspitos
Tudo, o vocabulário estúpido
O jeito de sofrer poeta
A rebeldia
Não valia
Morri de desgosto
Me atirei do precipício
Da falta de reconhecimento
O amor acaba.
Agi como mortal
Não tenho qualquer essência
Gostaria de ser humilde e filosofar minhas raízes
Agora presente
Camisa carente
Presente de namorado
Jogo na água ardente
Queimando emoções
Convicções maledicentes
Vivendo e me nutrindo de falácias
Hoje o senso comum está no meu diário
Vou tentando filosofar vida
Filosofar lua
Amor.
Estudar algum filósofo vivo
Medo, repulsa.
Onde estou?
As línguas.
Os dentes
As lentes de contato do universo
Confundem
E vou vivendo de resquícios de peripécias
De diálogos com os escravos da futilidade
Você entendeu o que essa vos escreve?
Não?
Nem eu.
Incite apenas a sua metalinguagem
Do olhar
Do pulsar do tempo
E sei lá o que mais quanto
Não sou erudita
Nada culta.
Nada mesmo
Apenas um ser que põe pontos de interrogação em palavras
Atitudes de verão.
Quer senso crítico?
Não ame.
Faz assim: amor próprio
Radical
Generalizar às vezes
Não faz nenhum mal
Poderia ser um soneto
Mas ele se afogou no tempo
Mesmo assim não conversa comigo