domingo, 1 de julho de 2012

Palavras tingidas de ternura

Vou pedir ao vento que pare quando nos beijarmos
Vou pedir que o sol sorria quando nos encontrarmos
Vou te abraçar como se fosse a última vez
Vou dançar contigo no topo do mundo
Vamos nos casar nos anéis de Júpiter
Mesmo assim moraremos no nosso planeta Marte
Vou chorar de alegria quando avistar sua sombra perto da minha
Vou morrer pra dar a vida aos nossos dias
Vou pedir ao autor da vida que acrescente pieguice nos meus dias
Vou brincar com os dias que o horizonte leva
Vou chorar no seu colo quantas vezes forem necessárias
Vou mentir pra mim mesma e não pretendo brigar com você
Vou cantar enquanto você afina a guitarra
Vou gritar no seu ouvido quando morrer de saudade
Prometo que nossos  filhos terão o nome dos seus pais
Quando eu perder o equilíbrio hei de segurar a linha tênue que nos separa
Vou preencher as lacunas que esses cincos anos de relacionamento não tiveram
Jamais terei coragem de por pontos finais em locais absurdos
As reticências não servem para a nossa história
Vou pedir aos céus que cantemos juntos em forma de poesia
Vou pedir que meu vocabulário seja pobre e meu coração rico
Vou pedir que as estátuas parem de brincar por apenas alguns segundos
Vou tatuar meu rosto somente de alegria
Vou morder os lábios
E pedir para o amo-te não engasgar no coração
Vou pedir que a chuva caia pra tirarmos fotos românticas
Vou mentir pro tempo
Que passei brigando com você
Apagarei as marcas da areia.
Vou amar até que vida nos separe.
Vou apenas tingir as minhas palavras de ternura