sexta-feira, 13 de abril de 2012

Monólogo aturdido


Não estou a procura da história da humanidade
As suas convicções me apodreceram
Fizerem minhas lágrimas ácidas
Meus lábios se serraram
Tenho olhos fundos, olheiras acentuadas e morro de amor
Sabe qual era a minha inspiração? Uma foto sua.
Os símbolos me confundiram
Minhas terminações nervosas
Circuitos elétricos mentirosos
Seu Drummond não me entende mesmo.
As carnes que cerceavam meu corpo estão sendo devoradas
Isso sim que eu chamo de desejo mortal
Aquela velha história de espiritualidade não passa de fábula
Ah! Esqueci de mencionar. Visitei um zoológico de vampiros
Os zumbis não me ajudaram
Os romances não me preenchem
Eu choro nas entrelinhas das palavras!
A cada sílaba eu expresso uma dor
Um estaca dentro do peito que não solta
Vejo maçãs amarelas
Jacas estampadas
Mangas pretas
Roupas que fiz de pano de chão
Sonhei contigo
Como ousa em me perseguir nos sonhos?
A cada oi que eu te dei
Eu ensaiava no espelho
Cada sorriso infantil era ensaiado
No meu mundo os cigarros não era venenosos
As cobras se diziam minhas amigas
As maçãs? Enterrei para não desviar.
O astro rei se enterrou no horizonte
Eu posso não ser feliz
Mas eu tenho ensinado isso a muita gente!
A cada sorriso que eu retiro de alguém
Fantasmas me acusam de herege
A cada gota de lágrima
Um coração é machucado
Sabe o que me ensinou seu racional maldito?
A expressar meu amor em autoajuda barata!
Chorar na frente de um maldito espelho pelo seu jeito matuto
Seu fanatismo
Seu jeito torpe de não praticar os preceitos que você prega!
Meus lábios tremem a cada vez que observo seu nome
Cansei de ser caçadora de pupilos
Por que amamos assim?
Quero rir do seu pesadelo
Zombar das tuas chagas perniciosas
Eu não seria capaz de matar
Me enforcou com laços de desprezo
Fez a feliz a mais infeliz do mundo
Sentada no oitavo andar eu queria arrancar as lágrimas
Fazer chover nos teus olhos
Os sapos se encarregaram de fazer o som da sua maldita bateria
As suas baquetas cravadas na minha dor
Até que a última vez que eu te vi
Quase te empurrei da bicicleta
Prometo colocar sementes de lágrimas nos seus olhos
Viva no seu teatro
Se eu tocasse apenas na sua mão fina.
Eu poderia morrer agora.
Apenas não fui original
Uma caricatura estúpida
Você marcou minha vida.
Eu apenas desejo um livro gigante que conte minha história
Algo do meu tamanho
Que eu me esconda.

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