domingo, 17 de junho de 2012

Felicidade descalça


O meu sorriso está colorido
Eu mordi os lábios
Por sinal não sangram mais
Mudei a cor dos pensamentos

Aos teus olhos
Um brinde à paixão
A sua lua estampada no peito
Uma guitarra

Ao seu cão chamado Billy
A sua ida ao show do Roxette
E ao amor
Ao amor das capas dos meus diários

Parafraseando minha própria música:
Ele ama
Ela pisava
Ele chorava
Ela abusava

Amor matemático,
Dessa vez é matemático
Confiável
Ele é guitarrista
Baixista
Pode ser um nerd também

Meu zumbi
Sou vampira
Sou tudo que você possa querer
Sou demasiada

Queria que seu teclado possuísse o formato do meu corpo
Oh, nosso mundo é perfeito
Dançar por cima de todos os fogões
Passar por cima de qual dessa o destino
Sem limo

Fazer anagramas de conversas
Falar as minhas peripécias
E assim vou amando um matuto.

Quebrando espelhos de antigos reflexos
Afogando café na banheira de rosas brancas
Na última estação
Esse amor é um expresso presente
Pretérito e futuro

Vou escrever biografias de mortos
De pessoas desvalidas
De jantares de arroz com feijão
Vou voar pelos personagens criados
Cada um deles terá uma qualidade minha

Cada um deles terá uma fraqueza minha.
Com as malditas palavras do vento.

Não desperdice rosas em meio a cemitérios
Não colo adesivos no espelho do  banheiro
Tem uma cerca de arame farpado no meu coração
Um oi às aspas dos meus olhos
Um adeus às aspas da minhas escolhas.

Destilo antipatia com meus semelhantes
Destilo lágrimas com sabor de cachaça
Os meus sorrisos não são eloquentes
Os pandeiros jamais farão parte das minhas melodias.

Só sei que a minha felicidade está descalça
Tenho a língua tatuada de críticas
Os dedos pintados de palavras
E as mãos queimadas de metáforas

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