quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Desabafo de quarta.

Andando como um dinossauro
Cabeça nas nuvens
Flecha do peito
Cor âmbar de rosa cálido
Noite sem estrelas.
Assim estava o dia quando eu te perdi pra sempre
Preferia ver meu amor morto do que com outra
Após a resposta da ilusão
Peguei o porta-retrato que ele me deu
Joguei contra o muro
Rasguei as roupas que estavam no meu corpo
Amassei a foto que estava inerte na minha cômoda
Minha xícara de café voou na cabeça do cachorro
Nunca senti a ambiguidade de sentimentos tão selada
Chutei a foto dele que eu guardava abaixo do travesseiro
Dor, confusão e rancor
Senti um imenso arrependimento de ter preparado a festinha surpresa
Por um momento eu queria arrancar os olhos, nariz e boca
Dele.
Do meu maldito pupilo
Sim, lágrimas jorravam 
Eu comia pizza quando recebi mais um recado dele
Torci meus lábios e mordi a língua até sangrar
Sorte que não dei meu livro preferido de presente pra ele
Eu pediria de volta
Meu diário , taquei do outro lado do muro
Sim, em pelo século XXI eu o tinha
Fiquei com olhos borrados de maquiagem
Noiva cadáver.
Isso que você leu foi um sonho.
Que acabou com um simples email de resposta
Uma simples meretriz que se enfiou no meu caminho
Se ela não aparecesse
Estaria eu na minha doce e tenra ilusão
Voando e cantando
Estou eu.
Mulher jovem e de luto
Linda pra uns.
Louca pra outros
Mulher simples.
Essa sou eu.
Uma menina, na verdade.
Queria dançar na lua
Morar em Júpiter
E passar férias na Terra
Onde encontrarei eu meu amor?
Ele não nasceu ainda.
Não nascerá , nem existe.
Ah! Queria lavar meu coração
E por no varal pra secar.
Trocar pelo seu.
Que parece de pedra.
Te dar o meu com sentimentos inversos
Isso seria perfeito
andar na rua com uma caixa de papelão na cabeça
Melhor: costurar meus olhos 
pra não ter que ver virando a cara e me evitando
Anjos maus fazem uma ciranda na minha cabeça.
O mais incrível é que você parece um robô
Quero sumir num grande e preto cadilac
Vou colocar num recipiente todo meu amor
e te dar
Jogar na sua cara pra te atormentar,
Pagar a fiança pelo sequestro do meu coração
Peguei uma faca e me cortei com as inicias do seu nome
A cicatriz não sumiu
Nunca joguei a xerox com o cheiro do seu perfume fora
Mas seu perfume se foi
com tudo de mim que foi recusado.
E o que eu fiz hoje.
Arranquei o coração enterrei
Pra nunca mais amar ninguém.



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