quinta-feira, 17 de maio de 2012

Paráfrases vis


As estacas da paz giram
O amor parece não se mover
Em terra de cegos e transeuntes
Quem apenas gosta é rei

E lá se vão
Trezentos e sessenta e cinco dias
Molhados ou taciturnos
Diante dos olhos
E da vida sóbria

O que te apetece?
Amor,poesia ou algo que se possa traduzir?
Senso de poeta se esvaiu de mim
Assim, afundou como procuro música

Criando mundos
Mudando jargões
E inventando dialetos
O que cabe no que se escreve?

O que são gotas de solidão
Aquelas,sim, se espargindo
Na sua rede de dormir.
Os olhos mudos
Os pássaros surdos

Um coração macilento
Por que? Estás aí para ouvir?
Não deixe as palavras
Virarem com o som do oceano
Ou como monólogo aturdido
Ondas que não regridem

Rime terror com dor
E não com amor
Não soaria bem
O que fazes?
Encontro momentos assazes

E choro rios de páginas
Da minha incessante
Volúpia literária
Saudade que amassa meu coração

O que seria dos nossos mundos?
E se as escórias não nascessem?
Onde estaria seu doce dinheiro?
Apenas sombrio.

Veneno ruminante
Soa como batida
dos músculos
E da onde mais
Vai saber.

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