sexta-feira, 29 de junho de 2012

Divergentes

E aquela rainha do castelo de cerejas
Vai andando e percebe que o castelo é de cartas
Vai matutando e fita os seus filhos bastardos
E vai mais um que se acha o rei na terra da ignorância
E os polissíndetos são tão estipulados
São tão regrados que estou cheia deles
Sou uma maníaca de sensações
Tenho os olhos afundados em súbitas pressões
A rainha acorda e vê que o castelo é de vidro
O rei acorda e vê que seus filhos definham
Você acabando caindo do topo do mundo
Quando sua música favorita não tem a tradução
Que você achava ter
Maldita sou eu que achava que meu coração
Era o centro do mundo
Maldito é meu patrão
Só assim eu descubro o que é viver.
Maldita é viva que não quer ser vivida
Maldita é o poeta da autoajuda
Maldita é a mania de jeitinho
Maldito é o meu sonho
Estou no topo do meu mundo
Você não conhece
Mas sei até quando posso fugir dele.

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