domingo, 23 de junho de 2013

Sempre há um fim

Nos diálogos dos poetas com o amor
As desavenças sempre acabam por vencer
Amor,amar, acreditar no amor pra que?
Se tudo aquilo que parecia perfeito
Desmorona e acaba destruído como rosa
Como pétalas no chão
E termina com uma canção triste no final
Nos meus monólogos procurei compreender o amor
Mas ele virou-me as costas
Deu um tapa em minha face
Se engana quem pensou que nem só de amor vivem os poetas
Tenho um grito morto na garganta
Um nó nos lábios
Algo inexprimível 
O amor não ousou gritar meu nome com toda sua força
E, no fim das nossas brigas 
Acaba pisando-me
Nocauteando-me como se eu fosse uma massa de gente amorfa no espaço
Lutei contra o mundo ,contra lágrimas e contra o próprio poeta existente aqui
Essa mania que o amor e os amantes tem de se amar e de reinventar 
Essa proposta que sol tem de nascer mais que uma bola de fogo toda manhã
A melodia do momento persegue-me como o dia nasce
E como algum pássaro morrerá um dia
Mais uma vez o poeta entra em desavença com o amor
Como um espada que acerta e uma faca de dois gumes 
A pobreza da poesia que virou poema
A escassez de felicidade que abraça o meu mundo
Não.Nunca soube o que é viver um grande amor
Tenho pedras de gelo no peito
E mil pétalas de rosas negras espalhadas pelo caminho
O amor é uma incógnita 
O que resta-me é observar o tempo
As ondas do mar
E os transeuntes de casais que deixam as pegadas no tempo
E deveras sabem o que é amor

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