sexta-feira, 28 de junho de 2013

Virtude

Se eu soubesse escrever
Iria até você
Afogar-me-ia
Acalmar-me-ia em meio as ondas
Levaria areia do peito amargo até seus olhos
Pra que visse o amor

De amante pra deserto
Levaria pegadas de um transeunte sofrido
Levaria o amor como se fosse uma dicotomia ferida
Arrancaria porventura sorriso dos outros poetas?

As feridas comuns dos poetas.
Platão e seus irmãos
Ousaram abalar os poetas
Morreram enterrados em argumentos
A razão não explica a cerne humana

A filosofia seria feliz
Se pedisse perdão a poesia
E a alma humana

Voltar ao meu amor
Escrever e poetar sem métrica
Não tem perdão
O cordão de isolamento
Só existe no cemitério dos poetas

Eu tenho um sonho
Ser enterrada com poetas
E num futuro distante perder virtudes

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