sexta-feira, 13 de abril de 2012

Versos que voam

Preguei minhas poesias no varal
Abri meu livro e saíram novos mundos
Folhando revistas voaram as borboletas
O amor venceu
O artista parou de escrever
Cuidando do meu jardim
Lágrimas mornas e espessas jorram

Abro minha caixa de fotos
Vejo uma criança feliz
Inocente e hoje vejo uma mulher frágil
Como pedaços de cristal
Um cisne de brinquedo enfeita meu quintal
O que seria fugir do mundo?
Não. Fujo apenas de mim mesma

O que é esperar por momentos?
Agourar o futuro
Prever somente o passado
Estranho sim.
Pois vivo brincando de palavras
Brincar de escrever
Brincar de ser adulta e viver como menina

Morrer não é tenaz
Morrendo aos poucos
Não! Chega.
Existem bebês tão pequeninos que cabem em caixas de sapato
Já experimentou morder uma bala?
Sem sentido
A vida é assim
As figuras que nos cercam são assim

O passado tem pernas tão astutas
Mentiras criam muralhas entre as pessoas
Que nem a filosofia resolve
E os livros de autoajuda ainda não explicaram
O sentimentalismo e a sensibilidade não podem morrer
Não sejamos racionais
Não morramos de amor
Nem de dor

Abraçar o mundo é simplório
Se não sabemos nem controlar simples lágrimas
Elas poderiam ser doces
Mas o sal que dá sabor ao sofrimento humano

Escrever tão irregular
Diferente,excêntrico
É estranho
Mas pense.
Você pensa tudo com linha de raciocínio
Ou o coração pulsa pensamentos?

Não tente alinhar o que é diferente
Exótico e triste
Ao mesmo tempo.
Os elefantes vão calar a boca.
Os sapos não comerão as moscas

Já se perguntou por que uma mosca pousa em nós?
Ela é esperta e sabe que vamos um dia ser esterco
O que ficam são apenas memórias
Pergunte-se e fique farto de saber a origem da vida
Não poetize nada
Seja racional
Quem sabe um dia você não vai pisotear
Os sentimentos de alguém

...não quero sua torpe tecnologia que não anestesia as mazelas de ninguém

Aproveite e tente pensar como seres que nascem perfeitos
São complexos
E tem um jeito bem chato de falar de inferioridade
De cabelos , etiquetas
E coisas demasiadas.
Pense e acorde
Acha mesmo que somos obra do acaso?

Existe força vital?
O que te faz mal?
Liberou perdão, amou demais, ou matou o próprio coração?
Pense em filosofia barata
Como um método infalível e intangíveis 
Já falei para todo mundo se olhar no espelho


[...]Não seja medíocre
Morra de dor
Ou durma todos os dias escrevendo diários engolidos pelo tempo
As sombras do ventos
E segundos na lama.

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